Não sei se no próximo post, ou talvez depois do próximo, vai depender do meu grau de animação e do tempo que eu terei com a cara fora dos livros. Bom, estive pensando em escrever sobre algumas coisas que me animam muito, já que o último post foi meio desanimador - pra mim pelo menos -. Talvez eu volte hoje mesmo e escreva, não sei, a verdade é que neste momento eu não deveria estar aqui, mas o fato é que não estou acostumada a ter leitores, menos ainda comentários, então, me empolguei considerávelmente (a ponto de ser sensurada pela minha prima e colaga de quarto) quando li os comentários. Enfim, resolvi ficar para responder, e acabei lendo os posts e acabei ficando e aqui estou a quase duas horas.
No sentido, em breve postarei sobre "Coisas que me animam!", mas, falando de hoje rápidamente e explicando o título do post. Eu não tinha parado para pensar nisso antes das minhas aulas de história de sábado no cursinho, mas, agora vejo muito sentido. No quê?
Meu professor de história, refere-se à nós, alunos, como espartanos, e eu confesso que levei um certo tempo, para processar o significado disso.
Os Espartanos foram guerreiros bravos, treinados desde os sete anos para as tarefas militares, e assim como os homens, as mulheres também treinavam, para manterem a forma, e com isso, gerarem descendentes aptos ao combate. Com certeza, ando me sentindo uma espartana esse ano, mas no caso, tenho que lutar contra folhas de papel, e contra meus concorrentes (não, não planejo atacar pessoas do cursinho). Mas, ainda assim não é lá muito fácil, estudar, estudar, estudar, e assim sucessivamente, como ando fazendo. Acordando as seis da manhã de sábado para encarar um novo dia de estudos, e assim também no domingo, com a diferença de acordar a hora que eu quiser, pois também mereço descanço.
Fazendo uma referência ainda à minha aula de história de hoje, o professor falou sobre o massacre em Realengo, e o que me fez parar mais uma vez para ouvir sobre isso, foi o fato de que ele, tirou disso uma preocupação, que eu mesma já mantinha antes da tragédia. Como estaremos daqui a algum tempo? Qual é o valor que nós enxergamos no ser humano, para tirar/ferir uma vida com tal facilidade? Digo tal facilidade, porque mesmo que não atiremos em crianças, ou matemos pessoas diretamente, às vezes desvalorizamos as pessoas com quem convivemos, ou no nosso íntimo mais profundo nos sentimos melhores que alguém. Quando na verdade temos tantos problemas quanto qualquer outro, e mais do que isso, viemos todos do mesmo lugar, seja qual for esse lugar, seja qual for a sua crença, religiosa, científica, filosófica, sei lá! Acredito que as pessoas ferem muitas vidas, e as vezes nem se dão conta disso.
Outro ponto foi que, com as invenções tecnológicas, hoje tantas pessoas não têm a necessidade de ver um amigo, melhor de estar com um amigo, de sentir, sabe? Conversamos através de tantas redes sociais, vemos fotos, videos e até pensamentos de amigos. E nos sentimos tão ligados com isso, que nem percebemos a falta que faz aquele abraço, daquele amigo. Isso me preocupa, porque eu sinto falta, eu tenho necessidade de presença, não sei viver de ausência e nem quero aprender. Quero contato, quero virtudes, quero continuar acreditando na raça humana!
Quero ter motivos para crer no futuro, não para temer!
Acho que eu tive aula sobre Espartanos, mas não lembro absolutamente nada sobre eles. Acordar seis horas de sábado? Que tortura! Acordo cedo no sábado também, mas três horas mais tarde. E sobre o que você falou sobre as pessoas... Também acredito nisso. Essa coisa de estarmos nos acomodando com o fato de não ver mais, só de saber o que acontece e tal. Mas nem sempre é possível, né? Morar em outro estado já é um ótimo motivo para isso acontecer.
ResponderExcluirMas sou contra também. Sou á favor de abraços, de risadas e conversas longas durante a madrugada. E não há motivos pra temer. Se cada um fizer sua parte, quem sabe o futuro seja um lugar melhor? ;)
Beijos!
Eu, mergulhado no meu pessimismo contemporâneo, não acho que seja suficiente crer no futuro ou fazer apenas a sua parte... O individualismo está extremado, de forma que só os sociólogos mais competentes conseguem produzir alguma previsão do que nos espera. Immanuel Wallerstein é um deles, e as previsões não são positivas, infelizmente.
ResponderExcluirMais do que fazer a nossa parte, é necessário tentar - desesperadamente - despertar os indivíduos do sonho de que consumir mais e mais é ser feliz, resgatar o significado de comunidade, alertar para os perigos de um futuro muito próximo em que os recursos naturais serão realmente escassos...
Idealizando um futuro extremamente possível: quando a água potável atingir um valor impagável? Os miseráveis que de hoje que comem lixo, amanhã beberão esgoto? Quem é que vai abrir mão da "corrida do ouro", ou seja, quem vai frear o seu desespero de acumular capital, que no futuro será um sinônimo ainda mais próximo da palavra “sobrevivência”, para tentar deter o estouro da manada dos consumistas? Se tentarmos abraçá-los, acabaremos por ser pisoteados... Entre ser pisoteado e tentar alcançar a manada, ainda prefiro chafurdar na lama... pelo menos por enquanto!
Abraços!
limbosocial.blogspot.com
Tem um meme pra ti lá no meu blog. :D
ResponderExcluirDá uma olhadinha lá! :)
Beijos.