Cara, as heroínas românticas vivem em busca do seu grande amor, puro e verdadeiro. O que seria de mim se fosse uma personagem dessa fase? Provavelmente viveria em busca de uma causa perdida. Não por falta de amores, necessariamente, mas, pelo excesso dele, por sua rapidez, por cada característica imensamente diferente, que faz com que eu rompa com esse Romantismo.
Por outro lado, há uma visão pessimista, na segunda fase, O Mal do Século, uma depressão que muitas vezes chega a ser até mesmo meio macabra, e o eu-lírico deseja sempre a morte, como forma de aliviar a dor de um amor impossível. Essa característica, apesar de mais interessante, é pra mim, decididamente estúpida, onde foi parar aquela coisa de correr atrás do que se deseja? Em qual dimensão a morte é a solução para o seu amor mal resolvido (ou inatingível, que seja!)? Não há solução na morte, o desejo da morte é apenas uma escolha de pessoas que perderam a fé, se cansaram de tentativas frustradas e que nunca dão em nada. Poderia dizer que escolher a morte é coisa de covardes, mas é impossível medir a dor e a fé de uma pessoa. É injusto decidir se uma pessoa é covarde, simplesmente porque ela se cansou de tentar encontrar saídas para problemas que insistem em aparecer. Cada vez mais, aos montes, sem pedir licença ou dar aviso prévio. É injusto não entender que pessoas se cansam e que a vida às vezes piora, piora numa dimensão que é possível que algumas pessoas percam a fé e desejem se entregar. Não por covardia, mas por falta de forças para continuar.