' Camila, por Camila.

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Citando Clarice já de início, diria que 'minha alma tem o peso da palavra nunca dita.' Com um pouco de ousadia diria ainda que 'a palavra é meu domínio sobre o mundo!' Mais! Diria que sou compulsiva com coisas que gosto, como livros, filmes, séries, fotos, entre tantas outras. Gosto de muito mais coisas do que não gosto. Sou facilmente conquistada, e não sou tão fácil de desconquistar. Para escrever, me considero muito mais subjetiva, na vida muito mais objetiva. Posso dizer que amo, amo os amigos, os que me amam, e mesmo os que não amam. Mas, me assusto com o amor, acho o amor forte demais, grande. E não sei lidar muito bem com ele. Tenho medo de amar e magoar, de ser amada e magoada. Tenho medo de tanta coisa... Sou aquela que quer decidir o que fazer da vida e quer fazer isso direito. Aquela aspirante a Historiadora e que gosta muito, mas sempre tem um pouco de dúvida. Mas, falar de si mesmo é parcial demais, deixo para os que me conhecem e ainda assim me compram! Por Camila.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Pizza de Ontem.

A pizza de ontem, nunca terá o mesmo sabor da pizza feita hoje.
Ela sempre será melhor, diferente, mais desejada, e mais saborosa.
Se comemos fria, ela será ótima, apesar de dura, será crocante, mas se esquentarmos no microondas, hm*, ela ficará macia e mais deliciosa ainda.
Mas, é bom mesmo, comê-la sem catchup, pizza boa não precisa de catchup.
Catchup nós colocamos naquelas pizzas salgadas, ou cheias de queijo, para fazê-las descer melhor.
Se a pizza for boa, no máximo é um azeite para dar um gosto a mais.
E não é preciso muito pra sua pizza ser considerada boa, não por mim que sou apaixonada por pizza pelo menos.
Em se tratando de pizza, pra mim, mesmo com uma massa dura e crocante, uma pizza é sempre uma pizza.
E isso me lembra, a pizza que vendia na minha escola, a alguns anos atrás!

A história é a seguinte...
"Quando eu me mudei para essa escola, onde hoje estudo, eu tinha treze anos, quase quatorze. Já conhecia algumas pessoas da escola nova, e era tudo bem legal, fora que eu achava os alunos dali um bando de malucos no hospício. Mas enfim, a pizza! Quando entrei nessa escola, logo no meu primeiro dia de aula, tive a oportunidade de comer esse projeto de maravilha. Maravilha porque eu realmente gostava muito daquela pizza, e projeto porque ela ainda precisava ser aprimorada. Essa pizza, era vendida em uma sacolinha de plástico, não muito higiênico, né? Mas ainda assim, o que era aquela pizza, mussarela, calabresa, orégano, e mais algumas coisinhas. Já estava me esquecendo de citar o principal, a gordura... As más línguas diziam, que a propaganda da pizza devia ser: "Compre uma pizza, e ganhe 1 litro de óleo". Porque realmente era mais ou menos isso o que acontecia. A pizza vinha dentro de esse pacote de plástico transparente, e quando você tirava o plástico dela, o plástico estava totalmente encharcado de gordura. Sério, quando você terminava de comer, e olhava o plástico, ele estava grudento, e molhado de uma gordura amarela, tipo gordura de pastelaria do centro, sabe? E mesmo vendo isso, e mesmo todos os dias vendo aquele monte de gorduras, nós comíamos a bendita pizza, e ela era tão boa. Em alguns dias dava vontade até de comer duas, e olhe que elas não eram pequenas."

E isso já faz mais de quatro anos, acho, mas é tão bom se lembrar de coisas passadas, não é mesmo? Eu adoro!
Mas, já deve ter dado pra perceber isso, né?
Comam as suas pizzas de ontem, faz muito bem. :) Beijones.

domingo, 5 de setembro de 2010

Lembranças das Coisas Esquecidas



Como deixamos passar
as coisas da vida,

sem ao menos notar.

Coisas ás vezes pequenas

e que talvez nem venhamos a desejar.

Como deixamos as coisas de lado.
O vestidinho da infância que não é mais usado...
O pôr-do-sol bonito,
muito mais bonito com alguém do lado.
Ou talvez as músicas
que um dia tivéssemos escutado.

Como deixamos pra trás...
Como damos sumisso.
E será que um dia
ainda sentiremos falta disso?

Falta do que já se foi,
e falta do que ainda está por vir.
Será que um dia vamos sentir?
Falta dos verdes, tão raros na cidade.
Ou dos trens,
passando cheios de velocidade.

Talvez um dia,
valorizemos um abraço, um sorriso.
Acho que nesse dia,
e somente nesse dia...
descobriremos enfim o que é preciso.
Camila N. Figueiredo


sábado, 4 de setembro de 2010

Pessoas, passadas, passivas e maçantes.

Ontem,
eu saí com algumas amigas, para uma praça, aqui no bairro mesmo. Uma praçinha normal, com árvores, bancos e o mais importante... Pessoas. Todas as sextas-feiras essa mesma praça fica cheia de pessoas, dos mais diferentes estilos.
Tem os drogados, que levam a vida numa cheiradinha, ou numa fumada. Tem os bêbados esparrados, que ficam loucos e dão barraco, brigam, ou arrumam qualquer tumulto. Têm os bêbados controlados, que bebem, se divertem com a sua turma e muitas vezes nem são percebidos. Há ali também outros vários tipos de pessoas. Algumas me parecem jovens demais para aquele ambiente, onde as pessoas são tão perdidas, em sua grande maioria.
Claro que eu penso que a primeira vez em que eu estive naquele lugar eu também era muito jovem pra ele, mas aquele ambiente não era assim tão desvirtuado, não ainda. O fato é, que a cada vez que eu volto nesse lugar, vejo mais pessoas que um dia foram ótimas, caírem tanto de produção. Pessoas das quais eu já me orgulhei, e isso me deprime de verdade. Pessoas que pararam de estudar, não tem um emprego e aos vinte e tantos anos são suatentadas pelos pais. E o pior, seus pais ainda lhes dão o dinheiro com o qual eles vão comprar drogas. Digo, é impossível não saber onde o seu filho gasta o seu dinheiro.
É impossível não ver nos olhos daquelas pessoas a destruição que está em suas mentes. A auto-destruição nelas contida. Queria que essas pessoas tivessem alguém com quem conversar e se aconselhar, e mais do que isso, que essas pessoas fossem capazes de escutar e aceitar um bom conselho. Coisas que elas nunca fazem.
É complicado não conseguir se divertir, pelo menos não totalmente, por se pegar pensando nessas coisas o tempo todo. E mais ainda, me irrita o fato de que isso só estava incomodando a mim... Todos ali estavam felizes, loucos, alegres, e só eu observava as coisas, como se estivesse de fora. Como se não mais fizesse parte daquilo e não quisesse estar ali.
Concluí que o meu grau de anti-socialismo está avançando, um dos caras que eu mais gostava ali, se sentou do meu lado para conversarmos, e eu não consegui prestar atenção em nada do que ele falava. Eu tentei realmente me interessar, mas, por mais que eu considere-o, eu não consegui, ouvir novamente as suas antigas desculpas, para se auto-destruir dessa maneira. Sempre as mesmas desculpas ridículas, e me revolta o fato de que eu já acreditei nelas, de que eu já me esforcei pra crer, de que eu já me cansei dando conselhos.
Sabe quando você cansa de pessoas que você sabe que não querem amadurecer, crescer? Pessoas que nunca vão aceitar que aquele não é o caminho. Pessoas que vão insistir para você, que estão certas, e talvez até lhe convençam. Sabe quando você pensa que merece mais do um rosto bonito? Talvez nem necessariamente um rosto bonito, se houverem outras qualidades. Sabe quando você se cansa da futilidade do mundo?
Então, é como eu me sinto hoje. Cansada, aborrecida, e sem muitas esperanças de que as coisas vão mudar. Porque realmente, chegamos a um estado de alienação tão avançado, que não tenho coragem de acreditar que um dia essas pessoas passivas conseguirão enxergar uma realidade que está bem diante de seus olhos, acenando e desejano-lhe uma péssima noite!

O difícil, é que é isso mesmo o que eu penso.
Esse mundo está totalmente com PROBLEMINHA! :)

Top 10 da Semana.

  • 1º Músicas - Marcelo D2, Los Hermanos, Chico Buarque
  • 2º Livros - Leite Derramado
  • 3º Pessoas - Eduardo, Pedro, Jessyca, Leka
  • 4º Filmes - Sociedade dos Poetas Mortos
  • 5º Séries - Star Trek, One Tree Hill
  • 6º Comidas - Pizza
  • 7º Poema - Poema de Sete Faces
  • 8º Bebidas - Fanta Uva
  • 9º Lugar - Casa do Eduardo, Pizzaria
  • 10º Pensamento - "Iaiá, se eu peco é na vontade de ter um amor de verdade, pois é."

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